Document Type
Book Chapter
Publication Date
2023
Department 1
History
Abstract
O clima quente, a abundância de terra e água e a vegetação exuberante da vasta bacia do rio Amazonas impressionaram os europeus com uma cornucópia de alimentos, especiarias, fibras, óleos e madeira. Por volta de 1611, ingleses, irlandeses e, depois, holandeses e franceses, negociavam, com os povos nativos do baixo Amazonas, madeiras e urucum, pigmento corporal vermelho-alaranjado que se vendia na Europa como produto tintório, e iniciavam plantações de tabaco e algodão. Enriquecidos pelo comércio asiático de especiarias e tinturas, os portugueses, agora ameaçados por outras nações europeias, se deslocaram para o norte do Brasil e começaram a ocupar a Amazônia, a partir de 1616, onde procuraram avidamente substitutos para os gêneros asiáticos, drogas como o cravo, a casca de uma árvore com cheiro e sabor semelhantes ao cravo da Índia. Baseado nas tradições asiática, portuguesa, espanhola e indígena, um conjunto amplo de produtos, especialmente cravo, salsaparrilha e, sobretudo, cacau, logo se tornou a base da economia de exportação portuguesa regional, junto com outros produtos da floresta – as drogas do sertão. [excerpt]
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DOI
10.51427/10451/62280
ISBN/ISSN
978-989-8068-46-0
Recommended Citation
Sommer, Barbara A. "'A quem o quizer colher': As drogas do sertão e o Diretório dos Índios, Grão-Pará, 1757-1798" in As Drogas do Sertão e a Amazônia Colonial Portuguesa, edited by Rafael Chambouleyron, 163-192. Lisboa: Centro de História da Universidade de Lisboa, 2023.
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